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Sabendo que o poder de um misterioso relicário é a única forma de trazer paz a seu reino, após alcançar o trono, Ehrren faria o impossível para encontrá-lo. Do outro lado do mundo, Vipera está na mesma busca. Movida pelo medo de perder seu pai, a quem a joia pertence, ela passaria por cima de qualquer um para recuperá-la.
Em O Relicário, guerras, dor e reviravoltas permeiam a jornada dos personagens em caminhos que se cruzam. Para quem torcer? Quem tem razão? Quem é o verdadeiro merecedor? Mais cedo ou mais tarde, erros e escolhas virão à tona e cada um descobrirá quais os segredos essa joia realmente guarda.
Luíza M. Eiras é uma escritora carioca com raízes gaúchas. Apaixonada por alta fantasia e pela capacidade das palavras em nos transportar para outros mundos. Mentora e escritora de carreira, descobriu nas histórias fantásticas uma forma muito real de compreender o mundo.
Subgênero: Fantasia
Páginas: 316
Autores: Luíza M. Eiras
Formato: 15 x 21cm
Acabamento: Sem Laminação
Miolo: Pólen 80g
Edição: 1 ª Edição
Visto que a outra opção era a fogueira, a forca lhe pareceu um ato de misericórdia.
Pietriz manteve o queixo erguido em todo o caminho até o cadafalso. A dita vítima do crime estava ali, saboreando cada instante de sua humilhação. Ele tentava mostrar a força e soberania de sempre, mas era inútil. Seu antigo amante perdera tanto peso e cor nos últimos tempos que ela julgara ter errado a mão.
Apenas o antídoto o salvaria, algo que ela fez questão de omitir. Sua execução o encheria de falsas esperanças e o pensamento arrancou um sorriso ácido dos lábios da mulher. Isso não passou despercebido, é claro. Aquela gente toda que se reuniu para assistir ao enforcamento da princesa estrangeira interpretou o gesto como evidência de sua conspiração favorita. Pietriz era uma bruxa, eles diziam. Como seria possível fabricar uma poção como aquela?
A mulher fitou o carrasco. Foi graças a ele que o Rei se convenceu de que não havia delito pior que lesa-majestade e que condená-la por bruxaria seria pouco. As mesmas palavras que lhe promoveram a Conselheiro foram seu último favor a ela.
Quiten afastou os cabelos da mulher, vermelho-sangue salpicado de neve, para posicionar a corda em seu pescoço. Ele falou o quanto lamentava por tudo aquilo em um sussurro carregado de dor que apenas ela ouviria.
Dizem que a morte é o fim. Que, salvo em lembranças nostálgicas, quem a encontra nunca mais estará presente. Para Quiten, as coisas não funcionam dessa forma.
– Eu não vou te assombrar – Pietriz o tranquilizou. – Prometo.
Então ela se permitiu pensar no irmão que a aguardava em casa, no filho que adotara e até mesmo no trabalho para o qual dedicou sua vida. Acima de tudo, Pietriz pensava no relicário, na bendita joia que faria tudo valer a pena.
Talvez seu propósito no mundo estivesse de fato completo, ou talvez fosse apenas um artifício da mente para poupá-la de uma luta invencível. No fundo, não importava. Com o mais sutil dos meneios, ela solicitou o cumprimento da sentença.
O alçapão abriu sob seus pés. A queda foi curta e o escuro levou longos minutos para engoli-la por completo.
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