Livro Físico
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2 – A partir do dia 21 de agosto, a editora conclui o projeto gráfico e envia os pedidos para a gráfica responsável pela impressão dos livros;
3 – Os envios começam a partir do dia 27 de agosto. O cliente é avisado do envio pelo email cadastrado no ato da compra;
4 – O cliente pode solicitar reembolso do valor investido na pré-venda até o dia 20 de agosto.
Teoria Silas é uma antologia de histórias interligadas por uma praga mutante conhecida como Detrito-Vivo — uma gosma negra que habita o lixo espacial e talvez contenha a chave para a salvação da humanidade.
Cada narrativa apresenta diferentes manifestações desse fenômeno — dos confins do espaço ao subsolo de um antigo teatro francês — e explora, acima de tudo, a luta pela sobrevivência que molda o que somos. O horror aqui é direto, orgânico e visceral. Mas o verdadeiro terror pulsa sob a carne dos enredos: escondido, adaptativo, operando em favor da preservação da nossa espécie — mesmo que à custa do que chamamos de “ser humano”.
Paranaense e autora estreante, M. B. Greenvoid escreve desde sempre — com frequência em blocos de notas que se perdem por aí. Talvez aquela velha máquina datilográfica coberta de poeira, no escritório do pai, tenha sido a culpada de tudo.
Nunca encontrou hobby melhor. Cria personagens, tramas e cenários como quem pensa na janta do dia. Vive sorrindo para desconhecidos, puxando conversa no elevador, enquanto um pequeno teatro de fantoches opera seu lado criativo, encenando diálogos e lutas campais.
Seu maior prazer está em concluir histórias com enredos atípicos. Podia ter começado com uma ficção científica bem-humorada ou uma fantasia clássica, mas foi no horror que encontrou o empurrão que precisava — vindo do marido: “Por que você não tenta publicar algo?”
Pois bem. Tentou.
Subgênero: Terror espacial
Páginas: 383
Autores: M. B. Greenvoid
Formato: 15 x 21cm
Acabamento: Sem Laminação
Miolo: Pólen 80g
Edição: 1ª Edição
Sétima leva
[Ano 2052]
Não era comum um astronauta ser designado para salvar a raça humana.
No entanto, Rigel Copanni estava longe de ter sido o primeiro. Ele foi, mais precisamente, o sétimo.
Nas últimas décadas, enquanto o planeta esgotava seus recursos e países se afogavam, uma empresa surgiu anunciando um plano ousado: dar um novo passo à Exploração Espacial.
Na época, o ser humano estava farto de simulações teóricas. Governos acreditaram. Investiram na ideia. Em agosto de 2030, lançaram a Estação Silas-92. Uma sexta-feira cujo céu ainda propiciava a passagem de foguetes, isto é, sem serem danificados pelos detritos que revestiam a Terra.
Tal data ficou marcada em calendários pelo mundo inteiro como o começo de uma nova era, regada por esperança e movida pela imprevisibilidade.
— Meus dados dizem que você está nervoso — comentou uma voz doce e andrógina, com quem ele já estava familiarizado. — Gostaria de conversar sobre isso?
Sendo a principal (e única) inteligência artificial da Base, Thel auxiliava nas mais diversas funções. Em especial, a de tranquilizar astronautas durante simulações fora de órbita. Sua aparência, no painel, destacava quão rebuscado era o poder de computação gráfica da empresa — desprezando o vale da estranheza ou qualquer possível desconforto visual.
— Não há o que conversar. Seus dados estão corretos — respondeu o astronauta, flutuando diante da ausência de gravidade na cápsula de treinamento. Suas mãos mexiam nos cabos da parede lateral como se fossem simples blocos magnéticos: rápido e preciso. — Parto em dois dias, não seria humano se não estivesse.
— De fato — concordou a voz —, mas se me permite comentar, Sr. Copanni, de todas as decolagens já feitas pela organização, a sua será a mais segura. Tomamos medidas preventivas para que nada ocorra fora do programado, dessa vez.
Rigel congelou as mãos e suspirou. Os ombros caíram.
Romero Leal foi o marco zero das missões-testes de pesquisa e terraformação. Sua história — tal qual a de todos os demais depois dele — gerou livros e filmes, com títulos semelhantes à nomeação que cada um levava: Heróis. Quando lançaram o segundo, criou-se uma tradição. A cada quatro anos, um novo tripulante se juntava ao time na Estação Espacial. Rigel acompanhou cada uma das expedições, desde a infância. Estava bem ciente do ocorrido com a quinta.
— Não é isso. — Chacoalhou a cabeça.
Tecnologias avançam. Treinamentos também. E, apesar da escassez de recursos do planeta, a Base não poupava esforços para produzir peças de qualidade. Exigindo nada menos de seus funcionários.
Quando Rigel foi designado publicamente, seu nome causou alvoroço e animação entre todos aqueles que o conheciam. O pronunciamento dizia que sua aptidão física, altruísmo e fé à causa, o destacavam dos demais. Tinha tudo o que a Base precisava. De prontidão, a proposta foi aceita, papéis assinados, e os treinamentos começaram.
Os exames de saúde eram incessantes. A alimentação, regrada. Com suplementos e comprimidos diários obrigatórios. Metade dos procedimentos Rigel nem sabia para que serviam, mas aceitava como parte do processo peculiar de preparação da empresa.
R$ 2.700,00
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