Livro Digital
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A tecnologia deveria facilitar a vida das pessoas. Porém nem sempre as coisas acontecem como gostaríamos.
Durante toda sua vida Ari esteve sob as rédeas de seu pai e agora que completou dezesseis anos enfim está livre para fazer o que sua maior idade permite. Como um desafio teste, ou um aquecimento, Ari decide passar um tempo com seu avô Isaac e entender os motivos que tornaram o relacionamento entre seu pai e seu avô algo tão turbulento. As coisas se complicam ainda mais quando ele ganha de presente um titan chamado Kranu que esconde uma tecnologia capaz de destruir a humanidade. Juntos, eles embarcam em uma jornada para enfrentar a Liga de Combatitans, o torneio mais disputado do mundo, enquanto desbravam a megacidade Rio-Sampa e suas periferias cyberpunk.
Infelizmente nem tudo são flores. O perigo está à espreita enquanto os dois amadurecem seu caráter e formam sua personalidade, descobrindo quem são e quais seus propósitos de vida.
Será que eles se tornarão amigos? Será que conseguem vencer essa competição cheia de desafios? Quais problemas essa tecnologia trará? Será que sobreviverão em um mundo que esconde mais perigos do que imaginam?
São muitas perguntas e só existe um jeito de saber.
Como a maioria dos que cresceram nos anos noventa minha infância foi recheada de todo aquele conteúdo da televisão. Foram tantos universos, com tantos heróis, narrativas, jornadas e aventuras diferentes que não demorou muito para que meus divertidamente resolvessem criar suas próprias narrativas. Todas elas vivenciadas pelos meus bonequinhos (Isso mesmo. Eu brincava de bonequinho. Me julgue).
Os anos passaram e eu estava no final da minha adolescência quando meu imaginário teve um big bang e o embrião de um universo inteiro começou a tomar forma. A ideia me soou boa o bastante para cogitar um tipo de produto multimidia tão grande e tão abrangente quanto os melhores que eu consumi até então. A partir daí meu hobby se tornou desenvolver aquela narrativa. Mas eu sabia que não chegaria a lugar algum com essa ideia se não vestisse uma roupa de boa qualidade nela antes de apresentar ao mundo. Para minha alegria a internet vinha com força total e eu mergulhei em tudo quando foi conteúdo que me ensinasse a escrever e contar uma história. Manuais de roteiro, vídeos sobre literatura, estudos de desenvolvimento de personagem, criação de mundos, técnicas literárias… até física quântica eu tive que aprender para agregar a qualidade que eu almejava para esse universo. Infelizmente toda vez que olhava para meus escritos vinha a sensação de “ainda não está bom”.
Em uma tarde de outubro eu encontrei um curso de escrita que me ajudaria a lançar meu livro. Abracei a proposta que a Fantásticos Editora me ofereceu e isso só ampliou minha fome pelos estudos. Quando não estava escrevendo estava pesquisando. Aos poucos tudo foi ganhando forma através de muito esforço e também do apoio que recebi do grupo de escritores que me ajudam até hoje. Foi assim até que um dia, sempre tem um dia, eu terminei de escrever meu primeiro romance. Combatitan. O que era um hobby se tornou algo maior e agora eu tenho um sonho realizado de lançar uma obra.
Subgênero: Ficção científica
Páginas: 476
Autores: L. Maforte
Formato: Digital
Acabamento: Digital
Miolo: Digital
Edição: 1ª Edição
O choque subiu pela coluna de Ari ao se deparar com a última coisa que imaginaria.
— Seja bem-vindo! — disse a coisa.
Dentro de si, as sensações se bagunçaram. Sentiu vontade de responder, mas não conseguiu. Apenas se aproximou dos dois e naquele instante, percebeu que seu pai tinha alguma razão no que falou em todas as brigas que aquele assunto trazia.
Era só cogitar uma visita ao avô Isaac que parecia o fim do mundo. Para ele, o vovô era um maluco sem remorso no coração e que usaria a primeira oportunidade que tivesse para enfiar na cabeça dos outros todo aquele besteirol de tecnologia. Pelo que parecia, ele não estava de todo enganado.
O velho Isaac estava ali, parado junto ao androide. Era todo sorriso. Encontrá-lo ao vivo foi diferente da experiência que teve nas duas vídeochamadas da última semana. Sempre tem aquilo que a câmera não revela, como a barriga saliente e o inesperado abraço apertado com tapinha nas costas.
— Nossa, você é alto mesmo! — concluiu Isaac, libertando o neto de seu abraço de urso. — Como foi a viagem?
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