Livro Digital
R$ 30,00
Os colonos da Estação Galileo, na lua Europa de Júpiter descobrem que a Terra está sendo destruída por uma guerra e foram abandonados à própria sorte. Além de descobrir como vão sobreviver sem o suporte do planeta, farão de tudo para salvar nosso lar. Só o que precisam é de tempo: mas ele não está a favor.
RAFS é nascido em Petrópolis, mas mora há mais de uma década em Niterói. Seu pseudônimo é a sigla formada pelo seu nome completo: Rafael Amaro da Fonseca e Silva.
Uma de suas memórias mais antigas é estar sentado no colo do seu pai, que lia Sítio do Pica-Pau Amarelo para ele e para seu irmão.
Quando tinha uns dez anos, sua mãe lhe deu de Natal um livro chamado O Pequeno Vampiro. Desde então ele se apaixonou pela literatura, em especial a fantástica. Livros passaram a ser seu presente favorito.
Nerd desde antes disso virar moda, sempre foi fã de ficção científica, RPG, mitologia e vampiros. Já perdeu o ponto onde tinha que descer do ônibus lendo “O Vampiro Lestat” e assinou Netflix lá no começo só porque tinha todas as temporadas de todas as séries de Star Trek.
Ler é um prazer e escrever tornou-se a realização de um sonho!
Subgênero: Sci-fi
Páginas: 255
Autores: Rafael A.F. Silva
Formato: Digital
Acabamento: Digital
Miolo: Digital
Edição: 1ª Edição
Um líquido viscoso escorria da boca de Luna, formando um fio que ia até o topo da mesa.
Apenas o brilho suave da tela amenizava a escuridão ao redor. Notou que palavras incompreensíveis se formaram enquanto seu braço repousava sobre o teclado virtual. Um calor subiu do pescoço até suas bochechas quando percebeu que caiu no sono durante o trabalho.
“Droga”, pensou ela, limpando a baba com as costas da mão. Rolou a tela para baixo e contou as mensagens: cento e cinquenta e duas ao todo, nenhuma incorreta. Os satélites e os drones continuavam nas suas devidas posições.
Não houve consequência grave em usar o braço como travesseiro. Apenas a vergonha, o sentimento de culpa e uma dor no pescoço.
Forçou o cérebro, ainda dormente, para se lembrar de quando fora a última vez que houve tanta movimentação assim nas comunicações. Foi logo depois que eles chegaram na colônia, há quase dez anos, por causa da ameaça de guerra entre a União Europeia e os Sino-Soviéticos. A mera recordação causou um calafrio, como se uma pedra de gelo lhe descesse pelas costas.
Um certo orgulho, porém, a acalmou. Não fosse a participação do Brasil mediando as conversas, a Quarta Guerra Mundial teria eclodido e, com certeza, a Terra não aguentaria mais esse golpe.
A sensação de que algo acontecia pôs uma pulga atrás de sua orelha. Precisava falar com Sam.
Levantou-se e percorreu a sala com os olhos, já acostumados à baixa luminosidade. IAN estava próximo a um ponto de recarga em um dos cantos. Tateou no escuro até lá e franziu o cenho ao olhar para o amigo robô. Deu batidinhas leves no que seria sua cabeça e, no mesmo instante, dois olhos formados por pontinhos azuis surgiram no seu visor frontal. Em seguida, um sorriso como um parêntese deitado desenhou-se na face virtual.
— Dormiu bem, Lunática?
— Por que você não me acordou? — Seu mau humor bateu de frente com a tentativa de provocação dele.
— Você já tinha finalizado o processamento das mensagens. Não havia mais dados para analisar e, pelo horário, estimei que não chegariam mais. Chequei o alinhamento dos satélites de comunicação e o posicionamento dos drones de repetição. Ao final, entrei em hibernação, esperando você acordar. — O robô terminou sua prestação de contas.
Luna fez seu caminho de volta, orientada pela luz do monitor. Esfregou os olhos para enxergar melhor a tela e sentiu uma vontade forte de deixá-los fechados. Uma quantidade fora do normal de dados vindos da Terra chegara nos últimos dias. Essa era a terceira madrugada que ela virava para conseguir dar conta e ainda estavam na quarta-feira. Abaixou o olhar e balançou a cabeça em negativa, recriminando seu descuido.
— Vem, Cara-de-lata. Vamos para o Alojamento.
R$ 40,00
R$ 30,00
Avaliações
Não há avaliações ainda.