Livro Físico
R$ 33,00
Disponível por encomenda
Uma caipora corajosa, um guerreiro orgulhoso, um reptiliano que sofre bullying e um grupo de anões escravizados. Serão eles capazes de romper com seus próprios paradigmas e descobrir o seu destino? Quatro histórias diferentes que se passam no mesmo mundo fantástico: A Terra Legendária. Caso esteja pronto, se aventure para vencer o maior de todos os males.
Jason Dimas de Oliveira nasceu em 20 de maio de 1989 em Itajubá (MG). Atualmente mora em Piranguinho (MG).
Possui graduação em pedagogia e pós graduação em psicopedagogia clínica e institucional.
Desde criança inventava personagens e histórias. Em meados de 2020 iniciou a criação da Terra Legendária: um universo que mescla a fantasia medieval com a mitologia brasileira, tendo a moral cristã como principal fonte de inspiração.
Jason Dimas acredita que histórias são essenciais para o desenvolvimento da criança e do adolescente e que elas ajudam a superar as dificuldades da vida.
Subgênero: Fantasia
Páginas: 69
Autores: J.D. Oliveira
Formato: 15 x 21cm
Acabamento: Sem Laminação
Miolo: Pólen 80g
Edição: 1 ª Edição
Maya se sentou sobre a relva para apreciar a noite azul. As estrelas cintilavam felizes, encontraram seu lugar há muito tempo. “Onde será o meu?” — perguntou para si a caipora.
— Animada para amanhã? — disse Kauê, o caipora de cabelos negros, sentando-se ao lado dela.
— Eu nasci pra isso! — respondeu a garota, se levantando sobre os pés.
— Que bom! Por causa dos últimos acontecimentos, o povo precisa da sua confiança.
— Claro! — disse Maya, dando um soco no ar. — Autoconfiança é tudo que eu tenho!
O caipora se colocou em pé, ao lado da amiga.
— Estou ansioso para vê-la em ação! — falou Kauê, segurando o bocejo.
Ambos se recolheram cada um para sua oca. Maya deitou na rede, seus olhos rubros brilharam na penumbra por mais tempo que de costume. Enfim, adormeceu.
Ela levantou com um salto quando o sol se ergueu vermelho sobre a floresta. Empunhou seu arco e a aljava cheia de flechas.
— Espere! — ouviu uma voz conhecida chamar, quando saía da oca.
— Mamãe! — Seus olhos brilharam. .
— Tenho algo para você…
Nina, a mãe da caipora, tomou um enfeite de couro e o prendeu no cabelo da garota.
— Me lembro bem — disse a mãe — como foi o dia da minha transição para iniciar a vida adulta. Não tinha tantas responsabilidades como você quando completei cinquenta e oito anos, mas ainda assim estava ansiosa por muitas coisas. Leve consigo este presente e jamais se esqueça que estarei aqui até o Grande Espírito me chamar.
Os caiporas têm uma vida longeva e a menina chegou à adolescência dos humanos. Maya agradeceu com uma reverência.
— Mãe… — disse ela, com olhar cabisbaixo. — Não sei se é isso que eu quero…
— Fique tranquila e deixe o Grande Espírito te guiar.
De repente a jovem sentiu mãozinhas agarrarem suas pernas. Eram os irmãos da caipora. Os dois curumins a abraçaram e Maya retribuiu com muitas cócegas. Ambos seguiram para fora.
Após passar por diversas ocas vazias, chegaram à área descampada, local onde se reuniam para as festas e rituais. Uma multidão de caiporas aguardava a família, formando um círculo. As pinturas corporais deles eram um espetáculo de cores. Fez-se silêncio e abriram caminho para que a mocinha de cabelos vermelhos ouriçados passasse. Um velho coberto de enfeites de penas e argolas esperava no centro.
— Enfim, chegou! — disse ele, apontando o cajado para Maya. — Que comece o ritual!
O velho caipora era Rary, o druida.
Um jovem saiu do meio da multidão e entregou uma botija ao ancião. Ele molhou os dedos espessos dentro dela e em seguida tocou na orelha direita de Maya, devolvendo a bacia ao assistente.
— Receba o sinal do início da maior idade! — disse o homem, atravessando um brinco de penas na orelha pontuda da caipora. — Quando chegar a hora, receberá o outro.
Ouviu-se gritos jubilosos. Começaram a cantar e dançar em roda até que o velho estendesse a mão.
— É do conhecimento de todos que nosso chefe está morto — disse ele — e não cabe a nós julgar seu destino. Maya é a primogênita do antigo líder, tem o direito de se submeter às três provações, a fim de receber consentimento das tribos para se tornar cabeça do povo.
Todos fitavam a garota e seu amigo Kauê tentava fazer o mesmo na ponta dos pés.
Rary comandava a tribo na ausência do chefe e coube a ele perguntar:
— Maya, está disposta a passar pelas três provações e pelejar pela liderança da tribo da água?
Até os animais da floresta ao redor silenciaram neste instante.
— S-sim. — gaguejou a garota.
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